5 de novembro de 2018

Noite de ninguém



Ventania me chama,
mas teu corpo febril sugere que eu fique.
Depois de tantos goles e estilhaços pelo chão da sala,
tu descansas
nestes cacos de mim jogados no sofá
e adormeces 
com a mão em meu peito
inquieto.
Que bonitas essas tuas mãos!
E mansas... tão mansas...

Sinais, silêncio ou poesia?
Como eu explico que preciso sair pela porta agora e ser invadida pelas mãos violentas do vento?

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