5 de novembro de 2018

Giro


Aquela negra silenciava a gente!
Voz de trovão e cor no vestido,
suor na testa, braços e mãos.
Lágrima caindo, pra te emocionar.

Pequena e clara,
eras toda flor.
Mais margarida que onda brava,
nem sabias de olho nenhum
que de canto te espreitava,
querendo te levar.

- Que grande confusão há em ser leigo ao destino!

Foi só esbarrar em ti!
O candombe que te movia me deu um arrepio:
com essa eu não me meto!

Mas quem disse que a gente aguenta?
Naquele resto de noite,
e na delícia do teu sorriso,
já não cabia sensatez.

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